domingo, 13 de outubro de 2013

Ruínas da História, fortim de Bragança

O capitão general, Antônio Rolim de Moura, foi o primeiro Governador da capitania do Mato Grosso, deixando a planejada e recém fundada Vila Bela da Santíssima Trindade, o aguerrido Capitão General, desceu o Rio Guaporé e desalojou a missão de Santa Rosa, formada pelos jesuítas espanhóis, que trabalhavam a serviço da Coroa Espanhola.
Forte Nossa Senhora da Conceição no Rio Guaporé
Antônio Rolim de Moura, com seus soldados, que eram sertanistas da região do Guaporé, transformado em 1760, a guarnição de Santa Rosa Velha em um fortim pentagonal, que recebeu o nome de Santa Nossa Senhora da Conceição, muito vulnerável e protegido apenas por frágil estaca.
Este fortim sofreu várias investidas dos espanhóis, o que obrigou Rolim de Moura a descer de Vila Bela e defendê-lo.
Ruínas do Forte de Bragança (Conceição)
No dia 17 de abril de 1762, os Espanhóis desembocaram no rio Guaporé, pelo Itomanas com uma forte expedição militar que contava com 1.200 homens, conduzidos em 40  canoas que pretendiam expulsar do sítio mal fortificado, a guarnição comandada pelo próprio Rolim de Moura que dispunha, de pouco mais de 200 combatentes às suas ordens.
Parte Frontal do Fortim, de frente para o Rio Guaporé

Depois de uma bem sucedida ação militar de Rolim de Moura e de Francisco Xavier Tejo, incrivelmente os espanhóis foram expulsos da região. O Forte Conceição passou por reformas posteriormente, com o objetivo de consolidar a presença portuguesa na região, por isso, foi renomeado com o nome de Forte de Bragança, em homenagem a família real portuguesa. Enfim, o forte foi ampliado, melhor estruturado e seu contingente militar ampliado. Mas, antes de um novo combate, o Forte é inundado por uma surpreendente cheia do Rio Guaporé, e é abandonado. 
Muralha do Fote
O que resta atualmente do fortim, que fica cerca de 4km do Forte Príncipe da Beira, são apenas algumas muralhas e alicerces, longe da estrutura imponente que ajudou os portugueses a delimitar seus territórios. Os mesmos portugueses saíram vitoriosos nas pelegas contra os espanhóis, mas, foram derrotados pela força da natureza, pela força das águas, pelo supremo poder da Amazônia.

Aleksander Palitot
Professor e Historiador   



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